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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

ESTOU FICANDO VELHO OU MADURO? MAIS VELHO É QUEM ME DIZ!

Dizem que vida começa aos 40. A minha não! A minha começa todos os dias quando acordo. Idade é convenção dos homens. O que importa é tempo e todo tempo é importante.
Fico impressionado com a mudança de valores que esse começo diário me traz. O que antes me roubava a atenção literalmente e movia meus impulsos freneticamente na busca de conseguir, hoje, revistos esses desejos, vejo que não preciso mais deles ou talvez, nunca os tenha precisado, ou ainda precisei deles naquele momento para fazer parte da minha evolução. As inutilidades que desejei me fizeram ver hoje que não necessitava delas, continuando assim o ciclo da evolução.
Agora, no início da minha década de meio século, procuro menos problemas - ou nenhum deles! - usando da máxima que a sabedoria consiste na antecipação das consequências, mas não perdi a minha capacidade de me indignar, não sou da turma do “deixa pra lá”. Isso é visto e adjetivado pelas mentes omissas e limitadas como “encrenqueiro”. Atualmente quero escrever minhas experiências de vida seja em um livro autobiográfico ou em um blog, criado por mim para desabafos. O pré-lançamento da biografia de meu Pai - Comandante Walmir Almeida -, meu grande herói, foi um sonho que sustentou durante anos esse romântico que a escreveu.
Pessoas? Seres humanos? Entrego-me ao voyeurismo e adoro observá-las, cada vida uma história, desde que em uma quantidade razoável e não aos milhares ou milhões de uma só vez. Bares? Ainda gosto e muito, desde que tenha algo mais do que a cerveja que eu procurava e sim uma muvuca eduacda, boa música ambiente e tira-gostos variados e sem contar que o público ao redor seja próximo ou igual à minha idade, para não ter que escutar comentários como “tiozinho, tem horas aí?”. Não acho legal pessoas não adequadas à idade, não que a idade seja uma sentença de morte, mas querer ser cocota com idade avançada leva a certos ridículos. Sem contar que podem me achar um pedófilo. Continuo gostando de bares, mas hoje, daqueles que nos permitem conversar sem ter que esgoelar sua fala para ainda assim o ouvinte entender errado. Shows? Ainda gosto, mas não espremido nas grades que separam o artista da galera e sim em um camarote, mesmo que em pé, ao lado de uma boa turma e de uma bela companhia feminina.
Ainda me entrego ao prazer de ficar em casa ou de quebrar um caranguejo, não por fazer parte do calendário que diz que tal dia é destinado a isso e conversamos mais do que saboreamos. Hoje saboreio lentamente entregando-me à terapia de quebrá-lo e degustá-lo ao lado de uma boa conversa. Cerveja? Antes só não bebia acetona porque tirava o esmalte dos dentes e o que obrigatoriamente teria que ser feito com uma roda de amigos, hoje igualmente saboreio ao lado de poucos amigos ou de uma única companhia que me supra com uma boa conversa e me livre de extrapolar meu limite por não querer dizer tchau aos amigos ou até me leve a quebrar meu limite. Essa boa companhia pode ser eu mesmo!
Mulheres? Meus hormônios, apesar de ainda em alta, não querem mais apenas aquele corpinho daquela gatinha gostosa que povoava meus sonhos de adolescente e sim horas de conversas embasadas e inteligentes que nos façam refletir se realmente precisamos de relógio. Hoje não preciso mais daquele sexo acrobático da juventude que quer impressionar. Prefiro até pensar muito mais na parceira que em mim mesmo. Uma cumplicidade nata e inerente aos grandes e verdadeiros amantes, uma admiração suprema, entre outros mimos. Sou um romântico incorrigível por opção e posso ser considerado um pervertido nos dias de hoje, pois ter um relacionamento monogâmico e estar satisfeito com essa opção pode ser considerado uma perversão, já que o certo hoje é ser errado. Ainda desfruto da minha companhia com excelência. E adoro!
Carro? Se for para ser aquele liquidificador que eu desejava ter quando adolescente, com a suspensão rebaixada que faz trepidar até a alma, prefiro anda a pé(juro!). Hoje prefiro um carro “esporte fino”, sem ser esporte demais e sem ser “carro de coroa.”. Se bem que, devido a um acidente no paraquedismo que prejudicou minha coluna, por obrigação médica me acostumei a andar a pé por longas distâncias e a gostar disso, desfrutando de paisagens que antes não apreciava pela velocidade do veículo.
Revista Playboy? Ainda as coleciono fielmente e guardo-as com esmero, logicamente após apreciar a beleza plástica das lindas mulheres, mas deliciando-me sobretudo nas inteligentes e diversificadas matérias, ao contrário da adolescência, quando muitos sequer sabiam que haviam matérias naquela revista. Blocos de carnaval? Isso hoje me cheira a vigorosas pisadas nos pés, machos suados se encostando em mim, beijar bocas que já beijaram outros machos, beber cervejas até cair, mijar em qualquer canto, pois no bloco não se urina, se mija, sem falar nas saudosas lança-perfumes que faziam pinotar até acabar a corda ao som do trio elétrico ensurdecedor. Não deixei de gostar, mas prefiro a calma e a animação de um camarote, minha cerveja gelada, boas e poucas companhias que pedirão desculpas se pisarem no meu pé, banheiro limpo e asseado por perto e outras regalias. Mas não nego pelo menos um dia no bloco, tenho que manter vivas as minhas raízes.
Por do sol? Antes era apenas a fase de transição entre a tarde e a noite onde eu estivesse sentado bebericando. Agora é um momento de contemplação onde me delicio a agradeço à Deus não só esse momento sublime como todas as graças em minha vida, até mesmo pelo simples, ou não tão simples assim, fato de estar vivo.
Irresponsabilidade consciente? Aquela que eu fazia na adolescência, mesmo sabendo estar errado? Hoje troquei por uma responsabilidade consciente, procurando ao máximo evitar problemas e pensando bem antes de fazer algo que traga dissabores, mas uma folga aqui e outra ali vale a pena ser feita, pois o último que andou na linha o trem matou. Viagens? Há muito aposentei meu emprego de caça-festas e dediquei-me a encontrar refúgios calmos e tranquilos ou, mesmo em metrópoles, admirar lugares que tragam paz, boas compras de leituras, boas refeições, a tranquilidade de um chopp, etc.
Esportes radicais? Abandonei-os. Esse continua sendo meu fraco, mas depois do nascimento do meu filho, seleciono mais minhas “radicalidades” com um planejamento prévio de riscos e analiso mais umas dez vezes, redundantemente, procurando afastar qualquer risco que possa deixar meu filho órfão de Pai e eu órfão da sua companhia. Imponho limites, os mesmos que antes queria quebrar a qualquer custo para exercitar minha macheza. Abandonei temporariamente o paraquedismo, o mergulho submarino e as motos de alta cilindrada. Pretendo um dia voltar, assim que meu Dudu esteja encaminhado na vida. Qualquer curiosidade esportiva se tornou minúscula face à curiosidade que tenho de vê-lo crescer e se desenvolver, acompanhando-o, tal qual um artista admira sua obra. Aliás, a minha melhor obra!
Caridade? Dar brinquedos a entidades que supostamente levariam a orfanatos e afins já não faço mais. Hoje dedico-me diretamente nas causas, como quando tive a oportunidade de criar um projeto social em uma favela e ofertava minhas tardes de sábado para o ensino de arte marcial. Gastar dinheiro? Hoje invisto no que seja útil e produtivo, que me traga tranquilidade, massageie minha alma, me faça viver de forma plena e abundante. Acho que chegaram ao fim os dias de gastar dinheiro que não temos, comprando coisas de que não precisamos, para impressionar pessoas que não conhecemos. Religião? Há muito passei da fase de ficar em portas de igreja conversando para que todos vissem eu era religioso, quando apenas frequentava, agora me espiritualizo com as diversas manifestações que Deus me mostra todos os dias, visualizando a beleza de uma estrela, de um nascer e de um por do sol, de um oceano, do sorriso do meu filho, do meu acordar e de muitas outras coisas que não valorizamos por serem rotineiras.
Na verdade, pensei que estivesse ficando velho, mas tranquilizei-me ao ver que estava apenas ficando maduro. Minha mente é hiperativa, não me vejo - e nem me permito! - ser velho. O que antes era imprescindível para mim, hoje não preciso mais, os valores mudaram, não fiquei preso aos de outrora, não tenho compromisso com os erros, eu os refiz, os atualizei, prefiro ser aquela metamorfose ambulante do que ter a velha opinião formada sobre tudo.
Descobri também que não tenho medo de morrer, na verdade nem queria estar presente quando isso acontecer. Tenho pena é de não estar mais aqui nesse mundão e me descobrir cada vez mais, de descobrir as obras de Deus, que são infinitas.
Houve um dia em que alguém surgiu em minha vida e compreendi que era o começo de algo único, dia em que olhei dentro dos olhos desse alguém e pude me ver dentro deles, dia em que eu percebi que alguém realmente me queria, de um modo puro, verdadeiro e diferente dos demais. Houve um dia em que senti minha vida completa e o meu coração repleto de magia e encantamento. Houve um dia em que me senti feliz por querer sem tempo e sem medida, que não precisei usar nenhuma palavra para que pudessem realmente me entender. Houve um dia em que tive a total certeza de finalmente ter encontrado o amor, esse dia foi quando meu filho nasceu!!
A maior obra de Deus em minha vida talvez tenha sido a tarefa de ser pai e mãe de um ser divino que me foi ofertado e a quem jurei amor eterno! Daí tê-lo intitulado de Angelus. Eduardo Angelus. Que significa criatura do paraíso que veio para modificar sua vida. E foi o que aconteceu! Digo intitulado, pois para quem está destinado a fazer história, o nome passa a ser um título. Tenho plena convicção de que um dia Deus perguntará à cada pai e à cada mãe : “O que fizestes da criança que te confiei?”. Nesse dia...quero estar apto a responder!
Em tudo ao meu Dudu serei atento; e antes, e com tal zêlo; e sempre, e tanto!; que mesmo em face do maior encanto; dele se encante mais meu pensamento.”.
Essa, foi a viagem mais importante que fiz em minha vida, a do Eduardo que sonhava ser, ao Eduardo que quero ser!!
É aquela coisa: se estou velho, estou feliz. E...mais velho é quem me diz!!

Eduardo Almeida
Escritor e Patrono da
ALES-Academia de Letras Estudantil de Sergipe
A MALDADE, A MEDUSA E SUAS SERPENTES

Conta um conto que certa vez uma cobra perseguia incansavelmente um vaga-lume. Depois de muito fugir, o vaga-lume parou e perguntou então à cobra: “Por que queres me devorar se nem ao menos faço parte da tua cadeia alimentar?”. A cobra então respondeu: “Porque detesto vê-lo brilhar.”.
Há pouco tempo atrás, dando um ombro amigo para uma amiga confidenciar suas lamúrias, prestando minha solidariedade e querendo fazer uma boa ação tamanha à sua angústia, escutei por horas a fio o que pensei que seria mais um caso corriqueiro de quem convive com personalidades tóxicas e doentias, mas, ao final, por chamar minha atenção, decidi transpor para a escrita.
Essa amiga me narrou que desde que entrou em um novo emprego vem sendo perseguida ferozmente, pois chegou com ânimo, com um novo gás, novas ideias, sede de realizar e de realização. Salientou que quem lhe convidou para o cargo, frisou que ela aprenderia mais que em qualquer faculdade. Eu bem a conhecia e sabia da sua capacidade moral e profissional. Empreendedora, diversificadora nas ações, séria e brincalhona ao mesmo tempo, sempre me dizia: “o importante não é ser séria, o importante é ser séria nas coisas importantes.”.
Já alertada inicialmente sobre a fama de um dos integrantes do quadro, literalmente de natureza pequena, sabia que não gostava de quem pudesse brilhar mais que ele e que tomasse cuidado, pois era extremamente manipulador e maquiavélico. Por não ter maldade no seu proceder e ter o hábito - bom ou mal - de acreditar nas pessoas, cuidou apenas de viver a vida.
Lotada em um setor onde lhe foi prometido que aprenderia na prática a teoria da sua especialização, mas cuidando também de outro setor, visto estar desfalcado, percebeu que o tom dos comentários já não eram tão afáveis como quando entrou. Falsos elogios e ironias eram disparados a todo instante. Tentou implantar ideias - uma delas sendo implantada anos depois com outra pessoa levando os créditos - criou documentos para desburocratizar, etc.. Mas logo foi sendo podada nos seus intentos profissionais. Maldades eram feitas diariamente, boatos eram espalhados para os setores na velocidade da luz, ou da maldade, melhor dizendo. Da noite para o dia se viu odiada, difamada, invejada, mal vista e mal quista. Percebeu rapidamente que o terreno estava repleto de pobres de espírito e dissimulados.
Foi então afastada do seu setor, pela pessoa a qual já lhe haviam alertado, que, à socapa, instigava o chefe contra ela, sordidamente plantando difamações. E deu sorte de não ser despedida, pois gozava da admiração desse mesmo chefe por saber ele que a mesma era mãe solteira e dedicava-se com afinco à criação da sua filha sem ajuda de ninguém, o que a salvou da demissão. Criação essa que também despertava a inveja e a ironia do manipulador por criar o seu tal qual um largado, literalmente. Uma pessoa pequena em todos os sentidos.
Interessante é que ele se achava o mais esperto sempre, o mais inteligente - assim como todo perseguidor - e sempre tinha uma ironia, uma falsa amizade, sempre trabalhava à espreita, um legítimo mau-caráter. Articulador para o mal que era, tentava até colocar uma pessoa contra a outra, plantando um comentário em um e o mesmo em outro, para que ambas se confrontassem e se tornassem inimigas, em uma pobreza de espírito explícita e conhecida pelos demais que se faziam de amigos dele, mas sabiam da sua personalidade doentia. Ao sair da empresa, ainda assim deixou seu rastro, selando o destino dela, ao recomendar que não deixassem ela voltar para o setor. Mas, vindo de onde veio e com a criação que teve, não era de se esperar outra coisa…
Com a entrada de um novo chefe, tentou retornar para o setor, mas nada adiantava, o ‘sistema’ não permitia.
Certa feita, querendo ajudar uma conhecida em apuros financeiros, amiga essa uma notável ‘chef’ que preparava seus doces com maestria, ofereceu seus conhecimentos de empreendedorismo e levou os produtos aos ‘colegas’ de trabalho que, sentindo falta de uma lanchonete por perto, pediram que trouxesse as iguarias da amiga para o trabalho afim de conhecerem e assim foi feito. Outro plano encerrado, pois alguém foi ao chefe também cuidar de sabotar aquilo que estava agradando a todos.
Nesse interim, era sempre alvo das mais diversas fofocas, vindo a saber de fatos que nem ela mesma sabia que tinha feito! Fofocas diárias, infindáveis, rotineiras, maldosas, gratuitas, algumas até maquiavélicas. Seu nome era doce na boca das serpentes. Se não lutasse todos os dias, seria engolida.
Tudo, literalmente tudo que ela fizesse ou desse uma opinião era alvo de represálias contrárias desconstruindo suas ideias e falas, pelo puro prazer de negá-la, neutralizá-la. Até mesmo em comemorações da empresa, mesmo que ela estivesse com a razão. Era preferível negar a verdade que aceitar que partisse dela. Não respeitavam nem a vontade do próprio chefe, que era à favor. A horda do mal estava incansavelmente sempre à espreita.
Com o aval do chefe, resolveu então criar um projeto cultural. Angariou fundos com patrocinadores, elaborou tudo com afinco e detalhes, dedicou-se de corpo e alma, mas salientou que o maior problema que teve foi interno e não externo. As perseguições foram tamanhas para que não desse certo, que chegou ao ponto de querer tocar o projeto por questão de honra, pois o mesmo foi sabotado do início ao fim, literalmente. Esse vingou, sendo até elogiada (falsamente!) pelos próprios inimigos - a maior glória de um guerreiro! - que diziam abertamente, entre outras coisas, que ela não conseguiria. Tal qual Perseu, matou a Medusa e suas serpentes. Mas logo após viria a paga por esses elogios, pois a inveja, o despeito e a perseguição só aumentaram. Até mesmo produtos que seriam doados, restantes do projeto, foram subtraídos por picardia, ao saber que ela repassaria a instituições de cunho social, retirando assim de quem precisava. Literais cobras perseguindo um vaga-lume.
Medusa era uma bela donzela, sacerdotisa do templo de Atena, mas ao se deitar com Poseidon, Atena teria amaldiçoado-a, transformando seus lindos cabelos em serpentes, para que todos que a olhassem fossem transformados em pedra. Essas serpentes, cada uma delas simboliza um tentáculo de maldade. Uma agremiação para o mal, de seres iguais, que se juntam em apoio à maldade.
Foi mudando de setor em setor, sempre alguém impedindo seu crescimento. O sonhado aprendizado na prática do conteúdo da sua formatura e pós-graduação, acenava ao longe.
Devido ao fato de apreciar coisas contrárias ao senso comum, por procurar estudos, idiomas, cultura, músicas de valor, esportes, sonhos que contrastavam com o ‘normal’ das pessoas de mente curta, era severamente taxada de esnobe, arrogante, etc.. A horda enlouquecia! O certo era ser comum, seguir da mesma cartilha dos pobres de espírito. Mas ela se mantinha firme aos seus ideais, não compactuava com a mediocridade.
Uma coisa que me confidenciou chamar sua atenção foi o fato de que a horda degladiava-se também entre si, secreta e falsamente, pois os mesmos que falavam de um dos seus integrantes, falava do outro também quando na sua ausência e assim em uma simbiose maldita, seguiam vivendo distribuindo sorrisos uns para os outros. Do ponto de vista da eficiência, a rede de fofocas era tão ou mais eficiente que qualquer marketing de rede conhecido.
Certa feita, por receber claros sentimentos de inveja e despeito, tomou a firme decisão de parar de falar e postar as conquistas pessoais e as da filha, que brilhantemente se destacava nos estudos e nas atividades paralelas que buscava. Antes sentia prazer em compartilhar as bênçãos recebidas e alegrava-se com as alheias. Foto do cão de estimação em redes sociais? Jamais? Temia que o animal indefeso sucumbisse às energias negativas lançadas pelos algozes e adoecesse ou coisa pior. Percebeu tristemente que atualmente não se solidarizam mais com as conquistas e alegrias do próximo e, ao contrário, atacam ferozmente com um despeito e inveja que brotam do âmago do ser. Passou então a compartilhar as conquistas apenas com pessoas de sensibilidade.
Vivia reclusa nos seus próprios interesses e à sua filha, fugindo do comum dos demais, criando seu mundo, suas atividades selecionadas e mesmo assim, ou justamente por isso, continuava sendo taxada e excluída, o que, diga-se de passagem, falei que seria essa uma grande vantagem, pois passar por idiota aos olhos de imbecis era um deleite de raro bom gosto. Tentou por várias vezes retornar ao setor onde exerceria seu aprendizado, sem sucesso. Não havia o que fazer, apenas viver e aguentar a perseguição.
Determinada e focada, dona de grande personalidade, enfrentava qualquer situação que aparecesse, impunha respeito, era fiel a seus princípios, valores e ideais. Não se intimidava, não se calava. Essa ‘coragem’ era vista como problemática, afrontosa, e não como um diferencial, uma qualidade. Via a cada dia o mal crescer profissionalmente, ganhar mais devido à sua bajulação intrínseca e questionava então a vida, sem entendê-la. Como pode pessoas más e dissimuladas serem afagadas pelo destino? Passara a acreditar piamente que realmente os gestores não sabiam o que acontecia nos bastidores, pois os bastidores sempre são falsos e dissimulados, maquiados pelos bajuladores e maldosos de plantão. Uns são por natureza, outros por profissão.
Após alguns conselhos e opiniões de efeito calmante com essa minha amiga, para depois meditar em meus alfarrábios, vi uma parte da minha vida ali contada por outro interlocutor que não eu. Suscitaram lembranças, boas, ruins e até terríveis que cuidei de entregá-las ao deus do esquecimento, mas, esquecimento total não existe; arquivamento então, digamos. Sei bem, senti e sinto na pele que, quem quer ser diferente em um país amoral e deseducado, tem que pagar um alto preço, recebendo despeito, inveja, ironias, sarcasmo, armadilhas infindáveis e perseguições constantes. Ter personalidade hoje é sinal de perigo constante.
Quando vinham me perguntar sobre algo que souberam a meu respeito, eu perguntava sempre se conheciam a história de Chapeuzinho Vermelho e se sabiam por que o lobo era sempre o mau da história. Me olhavam, pensativos e surpresos sobre o que tinha a ver a minha resposta com o questionamento deles e invariavelmente não sabiam responder. Eu então resumia, calmamente: “...é porque só escutam a versão da Chapeuzinho!”.
Verifico já há algum tempo que os seres humanos desaprenderam a ser pessoas e passaram a ser apenas gente. Vazias, sem conteúdo, sem nada que acrescente à existência. A humanidade sempre teve medo de pessoas que voam, sejam bruxos ou livres. É bem mais fácil acreditar na maledicência do que nos elogios. Hoje falta o elogio sincero, o abraço afetivo, a admiração verdadeira. Parece que a bajulação é intrínseca ao ambiente profissional. Seja com chefes ou entre amigos, para ganhar a “amizade”, pois o que concorda comigo é meu amigo e o que discorda é meu inimigo. Por que algumas pessoas se comportam desta forma? Necessidade em agradar. Insegurança em se colocar como realmente é. Tentativa de obter vantagens.
Não sabia que cabia tanta falsidade dentro das pessoas e, que formosa aparência tem a falsidade! No mundo atual é melhor ser verdadeiro e solitário do que viver em falsidade e estar sempre acompanhado. Coisas como a inveja e a falsidade são pequenos monstros que provocam grandes desastres. A coisa chegou a tal ponto que a falsidade nem sempre é defeito, às vezes é algo natural das pessoas. Convivem com aquilo. Vivem daquilo!
No filme ‘Você de Novo’ tem uma frase interessante: “Você não pode controlar o mundo mas pode controlar como vai reagir à ele.”. Talvez o melhor seja não tentar mudar o outro, mas lidar com seus sentimentos com relação à isso, aprender formas de não se deixar enganar e até entender porque você se abala. A mentira e a falsidade são duas coisas realmente lamentáveis. São capazes de destruir tudo no seu caminho, de devastar os bosques mais povoados e de fazer cair as torres mais altas.
O mais triste da hipocrisia e da maldade é que eles nunca vêm dos nossos inimigos, nem das pessoas desconhecidas. Como é de esperar, tudo isso chateia. E muito. Quando nos enganam, o pior de tudo não são as mentiras em si, mas o que se leva com elas.
Fico a pensar, ou matutando como diz o sertanejo, o que essas pessoas ganham com isso? O prazer é tão efêmero que só recorrendo a Freud mesmo; aliás, acho que nem ele conseguiria explicar tamanha sordidez, tamanha indigência espiritual. Geralmente são pessoas pequenas - em todos os sentidos - mal amadas, mal resolvidas e por isso precisam da aceitação dos pares. Traumatizadas e recalcadas por histórias de vida com os pais ou companheiros, tentam eternamente vingar-se dessas pessoas que lhe fizeram algum mal, nas pessoas que encontram no seu caminho. Falta esse entendimento.
Enxergo nessas situações a Medusa como o ser principal, onde residem todas os males e os sentimentos menores como a inveja, a maldade, a bajulação, a falsidade, o sarcasmo e outros, como suas serpentes que as pessoas insistem em carregar.
Finalizando, orientei que ela não se preocupasse em passar a vida tentando dar explicações, pois iriam falar de qualquer jeito e, os amigos não precisariam, os inimigos não acreditariam e os estúpidos não entenderiam. Além do mais, aves da mesma plumagem andam em bandos.
A Medusa está em cada um e, se não a fizerem virar pedra, carregarão eternamente as serpentes...


Eduardo Almeida
Escritor e Patrono da
ALES-Academia de Letras Estudantil de Sergipe

quarta-feira, 20 de julho de 2016

RETROCESSO NO EDIFÍCIO CIDADE DE ARACAJU!!

Um verdadeiro retrocesso no Edf. Cidade de Aracaju! Após ser implantado o sistema de fila única já há um bom tempo, o condomínio retirou e voltou ao sistema de fila unitária para cada elevador, como era antigamente, ocorrendo que, com a abertura das portas, os mal educados da fila vizinha pulam para o elevador que chegou, passando na frente dos que estão na fila aguardando. Há ainda os que chegam e ficam conversando com alguém na fila, tomando a frente dos demais quando o elevador chega. Para acabar com tais problemas, idealizei e sugeri há alguns anos a implantação do sistema de fila única, acabando assim com o desrespeito e ajudando a organizar minimamente a sociedade em que vivemos, mas....o retrocesso voltou!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

NÃO ENTENDEM OU NÃO QUEREM ENTENDER? É PRECISO DESENHAR? PARTE 1

                                                          Eduardo Almeida

          
          Me impressiona sobremaneira a conveniência das pessoas atualmente em apontar dedos sujos para outros sujos. A incompreensão – suposta! - beira os limites da ética utilitarista.
          Se eu supostamente defender um bandido, não quer dizer que eu seja por ele. Se sei que assassinou alguém com 1 tiro e escutar alguém dizer que foi com 10 tiros a realização do crime, defenderei e aplicarei o senso de justiça, mas não quer dizer que ele seja menos assassino do que quando consumou o fato. Se assim fosse, todo advogado e juiz seria amigo íntimo de todos os meliantes que houvessem julgado, ora.
       Tem coisa mais simples que essa? O pior é quando se tece um comentário pela justiça, os ditos 'esclarecidos' se inquietam, em um pensamento simplista, de achar que estamos defendendo e somos por ele. Seja ele político ou ladrão ou ambos.
         Hoje a nação brasileira, o tal do 'gigante que acordou', vive um momento ímpar, com uma sociedade que, pífiamente, ainda acho, se manifesta contra os malfazejos a que é exposta justamente pela classe que promete a cada ano e a todo instante, representá-la.
        Hoje, enxergo que a sociedade não se manifesta em multidões programadas quando enxerga no seu íntimo, que é só arrumação – ou armação - de alguém que tenha interesse em sua presença em tal local e em tal momento, mas que não tem interesse no principal, utilizando o cidadão apenas como acessório, fantoche e marionete.
         Vi nas redes sociais, piadas, difamações, injúrias, chamamentos 'pela pátria' para que comparecessem em massa às manifestações pró-impeachment e o que vi em minha terra e logo após em todo o Brasil, foi composta por gatos pingados, iludidos pelo canto da sereia dos que os chamaram para fazer número em prol dos seus interesses pessoais mas com um cartaz de pró-pátria. Ou acham que caso o poder atual caia estaremos tranquilos e bem representados com a próxima leva de representantes do povo que aí está, ávidos pelo poder?
        Os esclarecidos postam que fulano anterior, fulano atual e tal partido roubaram e destruíram o país. É miopia, é síndrome de maria-vai-com-as-outras, é legal descer a madeira nos atuais só porque todo mundo faz? Os esclarecidos perderam a noção e a suposta inteligência que os faz não perceberem que roubalheira já vem de longe e de outros fulanos? Que a Petrobras já vem sendo dilapidada desde o governo de um 'tri-fulano'? Que esse mesmo tri-fulano dilapidou as reservas cambiais do país ao igualar o real com o dólar? Que o 'aspirador de pó' é tão podre quanto o pó que aspira? Que o dono do estado do norte é podre e que por ser imortal, será eternamente podre? Que o marajá além de ladrão é louco, com seu olhar notadamente psicótico? Que esse marajá dilapidou não só o país como também nossas poupanças, não sem antes avisar aos seus asseclas, beneficiando-os? Que o 'Pupunha', se a Suíça não o tivesse desmentido, estaria hoje posando de paladino da moralidade, o que já não pode mais. E quem é o sucessor de Pupunha? Não menos que outro paladino da MOURAlidade. Que o 'Vanvan Malheiros' é um mafioso da pior espécie?

NÃO ENTENDEM OU NÃO QUEREM ENTENDER? É PRECISO DESENHAR? PARTE 2



                                                                            Eduardo Almeida
    
        E, sempre lembrando, é necessário dizer que todos esses podres, são de vários partidos e não de um só?
       Então fica a minha dúvida: por que falar só de um partido? Por que apontar dedo só pra um político especificamente?
      E por eu questionar isso e rebater com postagens – não defendendo! - mas mostrando que outros fizeram o mesmo e até pior, sou à favor do atual? Compactuo com suas ideias?
       Realmente, o pensamento simplista e de maria-vai-com-as-outras domina o popular e justamente os que pregam o não continuísmo, continuam com as mesmas manias e, corruptos que são, visam igualmente seus próprios interesses. Ou seja, o legal e o 'da moda' é falar mal, injuriar, etc., muitas vezes sem nem entender do assunto, mas....é legal, então façamos também.
       Essa semana vi uma postagem de uma pessoa com um cartaz em alguma manifestação do pais que dizia: “Golpe é roubar o país.”. E quem replicou essa postagem foi justamente uma pessoa diretamente ligada ao 'aspirador de pó', o que denota uma extrema cara de pau e incoerência com os seus próprios valores, se é que os tem. Precisa dizer que o aspirador de pó roubou - e muito! - o país? Esqueceu do 'avuante' dele com meia tonelada de inocente farinha de rôsca? Então, que incoerência desse 'esclarecido'! Mas por ser esclarecido e sabedor das leis, será que é incoerência – ou conveniência - ou está apenas defendendo seu cargo, mesmo sabendo e intimamente tendo a consciência de todos os fatos errados do seu político predileto? E isso o torna honesto, ser contra o modelo atual de gestão? Isso o dá direito de apontar seu dedo – sujíssimo – para o modelo atual, juntamente como dedo – podre! - do seu líder e mentor? O aspirador teima feroz e infantilmente em dizer que o impedimento não é golpe porque porque está previsto na Constituição. Mas, como sempre digo, Justiça se faz com Justiça e não por simples vontade e pela obsessão da tomada do poder.

     A forma como querem a qualquer custo imputar ao atual mandato presidencial o tal crime constitucionalmente previsto é que se trata de um golpe. Roubar também é crime, está previsto na lei, mas não se pode afirmar que um gestor é ladrão porque alguém da sua equipe tenha cometido tal crime.
       O impeachment de um Presidente da República ameaça seriamente a democracia conquistada a duras – e do res! - penas, parabenizando aqui o cidadão Jackson Barreto pela sua posição que defendeu devido à sua história de luta por este tema. Até mesmo o poderoso PMDB de TEMERoso e pupUNHA, acha que é golpe.
    Os próprios políticos defensores do impeachment não estão totalmente convencidos das reais motivações, que variam subitamente, a depender dos seus interesses pessoais e partidários, ou até meso dos seus líderes. A própria OAB recusou, apertado, é verdade, a ideia do impeachment e muitos renomados e respeitados juristas, reiteram que não há possibilidade nem jurídica e nem técnica para impeachment.


NÃO ENTENDEM OU NÃO QUEREM ENTENDER? É PRECISO DESENHAR? PARTE 3

                                                                                       Eduardo Almeida
       Se as contas de um gestor foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União, não se configura um motivo para o impedimento dele; isso não está previsto na Constituição, igualmente se suas contas de campanha forem rejeitadas.
     Por isso acredito que essa tentativa de golpe será frustrada pois não há elementos lícitos e fundamentados para tal.
       Lógico, claro e evidente que qualquer um atualmente enxerga que TODOS estão podres, então porque apontar para o atual sem citar as sujeiras de TODOS? Por que não vemos frases como “Vilma e Tuta são ladrões assim como TODOS os outros”?
É notório que estamos nomeio de uma crise política e moral e que, caso eles recebam os cargos, propinas e promessas que desejam, dão tapinhas nas costas e vão tomar whisky juntos.
    O senso de justiça realmente está esquecido ou convenientemente deixado de lado, utilizando-se exclusivamente da ética utilitarista e das leis de Gérson e Ricúpero.
     E por eu não ser de NENHUM partido e nem mesmo pareceiro de NENHUM político, passo a ser à favor e simpatizante por requerer uma conscientização de que TODOS são podres? Se o aspirador for preso cheirando um kilo de cocaína e disserem que foram 10 kilos, igualmente rechaçarei quem emitir tal informação, aparentemente defendendo-o. Se disserem que o tri-fulano é corrupto, direi que todos os outros são igualmente corruptos, aparentemente defendendo-o.
     Se eu vir um meliante sendo linchado na rua e tentar parar o linchamento é porque o estou defendendo? Porque sou por ele?
    Todos os dias vemos notícias policiais e escandalosas de todos os políticos e de todos os partidos, mas o legal é falar que só a atual não presta e que só um partido é corrupto e roubou.
     O que questiono e pareço defender, não é se a gestora atual e o anterior roubaram e fez coisas erradas, o que me intriga é: se TODOS fizeram a mesma coisa, qual moral os da classe deles e os cidadãos que se dizem honestos, têm para apontar o dedo?
     No frigir dos ovos, o que vemos descaradamente é a vontade pessoal de ter o poder, mesmo que seja por meio de um golpe em uma gestão democraticamente eleita, aplicando o canto da sereia em massas até mesmo de, quem diria, 'esclarecidos'.
JUSTIÇA SE FAZ COM JUSTIÇA! Caso contrário, nos tornaremos iguais a eles...


terça-feira, 17 de novembro de 2015

"EMPRENHANDO PELO OUVIDO"

                                                                      Eduardo Almeida                                             A cada dia fico mais impressionado - não sei se deveria! - com a maldade e a pobreza espiritual do ser humano.
                       Em uma história que meu melhor amigo me contou ter passado, de um lado o acusador, o caluniador, o difamador. Do outro lado, o "ouvido de pinico", o que "emprenha pelo ouvido". Tão pobre quanto um, é o outro.
                  O que acusa e difama, tem seu alvo naquele que deseja que sucumba à sua maldade. Ou não foi correspondido(a), até mesmo rejeitado(a), ou por pura e simples sede de vingança gratuita ou ainda outro motivo torpe qualquer de uma mente doentia.
                   O que escuta e toma como verdade, sem analisar, sem investigar, sem dar um mínimo de crédito ao acusado e difamado, ainda replica e como quem conta um conto aumenta um ponto, um simples picolé torna-se um iceberg.
                 São tantos sentimentos mesquinhos e baixos envolvidos que nem vale a pena discorrer sobre eles, pois quem escuta e toma como verdade coisas que nem o difamado sabe que fez(!), sequer dá a chance do contraditório, pois acredito que por trás de qualquer afirmação de qualquer natureza, sempre há um contexto, mas o 'ouvido de pinico', o que segura qualquer m...... que lhe contam, esse reveste de uma verdade imediata o difamador, inclusive sem sequer refletir sobre a moral, o caráter e a idoneidade de quem falou, pois muitas vezes ou na sua totalidade, os difamadores são pessoas desregradas, desequilibradas, que falam mal até mesmo das pessoas que eles utilizam para replicar sua maldade. Os replicadores, na verdade, são apenas marionetes utilizadas pelo difamador para alcançar seu objetivo, mas não se dão conta disso. Sequer se põem na condição do difamado, seu modo de vida, de lidar com as pessoas, etc. e aí, baseados apenas no que ouviram e tomaram como verdade, rejeitam,hostilizam, desprezam....
              Pessoas que tenham a atitude corajosa e honrosa de ficar do lado do difamado, sofrem retaliações e são questionados pelo ato!! Ora, o certo - e mais fácil! - é dar ouvidos à maldade e esquecer qualquer contagem de tempo de amizade, boas ações, risos, prestatividade, companheirismo, etc. Será que é verdade o que estão me contando? Será que há algum contexto que explique melhor essa imagem que estão querendo me passar? Identifiquei alguma maldade gratuita quando me falaram? Combina com a pessoa o que me disseram dela? A pessoa que me falou merece crédito? A pessoa que foi difamada merece crédito? Conheço todos os fatos? Estou pré-julgando? Já escutei a outra versão? São apenas algumas das perguntas que devemos nos fazer ao escutarmos 'verdades' de rua, apócrifas, vis, reles,maldosas. Pensar que um inimigo pequeno não nos pode fazer mal é como pensar que uma fagulha não possa incendiar uma floresta. Um inimigo é sempre um inimigo e muitas vezes, está ao seu lado.
           O ser humano é realmente terrível com ele mesmo. A pobreza de espírito se alastra em mão dupla em uma velocidade compatível com a maldade empregada. De um lado, fica a pergunta: por que não alastramos apenas as coisas boas? Do outro, fica a pergunta: por que não replicamos apenas as coisas boas? De todos os lados fica a pergunta: por que não nos tornamos semeadores da paz ao invés de replicarmos maldades?
             E depois, ao descobrirem a verdade, tentam apagar tudo com o velho pedido de desculpas, mas talvez aí já seja tarde demais. Na verdade não se deve ligar para comentários maldosos e perseguições, mas quando se tem carinho pelas pessoas, é difícil lidar com a tristeza que fica ao nos decepcionarmos com a maldade e com aqueles que nunca imaginaríamos que ficassem contra nós, inclusive de maneira gratuita.
          Aconselhei esse amigo a deixar as pessoas em paz, sem mágoas e deixar a vida seguir seu fluxo, pois cada um sabe a dor e delícia de ser o que é. Por menos que se conheça de alguém, esse alguém tem algum valor e merece crédito. Sempre é bom lembrar que o mundo dá muitas voltas e a mesma medida que usou para julgares, um dia serás julgado...
"Tudo passa. Chuva passa, tempestade passa, até furacão passa. Difícil é saber o que sobra." (Millôr Fernandes)
             Ainda bem que meu Pai, ao invés de raízes....me deu asas!!